9 dicas para escolher o melhor regime tributário para sua empresa
Quando se trata de tributar a sua empresa, a escolha do regime tributário correto pode ser um verdadeiro divisor de águas. Isso porque o regime escolhido influencia diretamente no valor dos impostos a pagar, na burocracia envolvida e até mesmo na saúde financeira do seu negócio.
De modo geral, existem três principais regimes tributários no Brasil: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. Cada um tem suas características e benefícios, e é fundamental entender como escolher o melhor para a sua empresa.
Neste post, vamos apresentar as diferenças entre os regimes e dar dicas práticas para ajudá-lo a fazer essa escolha de maneira mais assertiva. Continue a leitura para tirar as suas dúvidas!
O que são os regimes tributários?
Antes de entrarmos nas dicas práticas, é importante entender o básico sobre os três regimes tributários mais comuns no Brasil. Afinal, começar pelo começo é sempre a melhor pedida quando o assunto é compreender assuntos que podem ser difíceis à primeira vista.
Vamos lá?
Simples Nacional
Este regime é voltado para microempresas e empresas de pequeno porte. Ele unifica o pagamento de diversos impostos em uma única guia, simplificando bastante a parte burocrática e sendo vantajoso para quem fatura menos.
Lucro Presumido
A base de cálculo dos impostos neste regime é feita de acordo com uma porcentagem do faturamento, o que torna o processo mais simples, mas com um valor de impostos mais alto em relação ao Simples Nacional. É indicado para empresas com um faturamento um pouco maior e que não se enquadram no Simples Nacional.
Lucro Real
Este é o regime mais complexo e voltado para empresas de grande porte ou com uma margem de lucro pequena. No Lucro Real, a tributação é feita sobre o lucro efetivo da empresa, o que pode ser vantajoso em algumas situações, mas exige um controle rigoroso da parte contábil e fiscal.
Agora que já sabemos o básico sobre os regimes tributários, vamos às dicas práticas para escolher o melhor regime para sua empresa!
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Quais são as melhores dicas para escolher o melhor regime tributário para a sua empresa?
Agora que você já entende um pouco mais sobre o assunto, chegou a hora de descobrir quais são as melhores (e mais importantes) dicas para fazer uma escolha acertada na hora de tomar essa decisão.
Vamos lá?
1. Avalie o faturamento anual da empresa
O faturamento anual da empresa é um dos principais critérios para definir qual regime tributário será mais vantajoso. O Simples Nacional é uma excelente opção para empresas com um faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
Se sua empresa estiver dentro desse limite, vale a pena avaliar as vantagens desse regime, que simplifica bastante a apuração dos impostos.
Se o seu faturamento ultrapassar esse valor, será necessário considerar o Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo de outros fatores que veremos a seguir.
Para empresas que se encontram nesse cenário, fazer uma análise detalhada do faturamento pode evitar a escolha de um regime que não traga os melhores resultados financeiros.
2. Considere o tipo de atividade exercida
O tipo de atividade que sua empresa exerce também influencia diretamente a escolha do regime tributário.
Por exemplo, se a sua empresa trabalha com comércio, provavelmente o Simples Nacional pode ser uma boa opção, já que a margem de lucro costuma ser maior e os impostos tendem a ser mais vantajosos nesse regime.
Já para empresas que prestam serviços ou atuam em áreas com margens de lucro mais baixas, o Lucro Presumido ou Lucro Real pode ser mais indicado, pois a tributação pode ser mais vantajosa quando o faturamento é reduzido, mas a atividade exige maior controle.
3. Analise a margem de lucro da empresa
A margem de lucro da sua empresa é outro fator determinante na escolha do regime tributário.
Não se esqueça de que as empresas com margens de lucro altas tendem a ser mais beneficiadas pelo Lucro Presumido ou Lucro Real, pois nesses regimes a tributação é mais favorável em relação ao faturamento.
Por outro lado, se sua empresa possui uma margem de lucro menor, o Simples Nacional pode ser uma opção interessante, já que a tributação é baseada no faturamento e não no lucro. Para entender melhor qual é a melhor escolha, faça uma análise detalhada da sua margem de lucro.
4. Verifique os impostos incidentes sobre a sua atividade
Os impostos que incidem sobre o seu negócio variam de acordo com o regime tributário escolhido. O Simples Nacional, por exemplo, unifica vários impostos, como o IRPJ, a contribuição para a Previdência Social e o ICMS, em uma única guia, o que facilita o pagamento.
O Lucro Presumido, por sua vez, ainda exige o pagamento de diversos impostos separadamente, mas de forma simplificada, sem a necessidade de uma apuração mais detalhada do lucro real da empresa.
Já o Lucro Real, por sua vez, exige uma contabilidade mais rigorosa e o pagamento dos impostos conforme o lucro efetivo da empresa, o que pode ser mais vantajoso para empresas com margens menores ou que têm despesas significativas.
5. Considere a folha de pagamento da empresa
Se a sua empresa tem uma folha de pagamento considerável, é fundamental analisar como isso impacta na escolha do regime tributário. O Simples Nacional pode ser vantajoso para empresas que possuem poucos funcionários, já que os impostos sobre a folha de pagamento são reduzidos nesse regime.
Porém, se sua empresa tem uma folha de pagamento maior e paga salários elevados, o Lucro Presumido pode ser uma opção mais vantajosa, já que a tributação é feita com base na presunção de lucro, e não no lucro efetivo da empresa.
A folha de pagamento também impacta na decisão de adotar o Lucro Real, especialmente se houver despesas significativas com salários e encargos trabalhistas.
6. Faça simulações para entender qual regime é mais vantajoso
Sempre que possível, é recomendável fazer simulações para entender qual regime tributário oferece o menor custo em termos de impostos. Ferramentas de simulação tributária são ótimas para ajudar os empreendedores a visualizar o impacto de cada regime no valor final a ser pago.
Simular diferentes cenários pode trazer clareza sobre qual regime é o mais adequado para o perfil da sua empresa. Isso pode incluir a simulação do impacto do Simples Nacional se você tiver um faturamento menor ou do Lucro Real se a empresa tiver grandes despesas.
7. Busque o auxílio de um contador experiente
Atenção! A escolha do regime tributário não deve ser feita sem a orientação de um contador experiente. Esse profissional poderá fazer uma análise detalhada do seu negócio, levando em consideração todos os fatores envolvidos, como o faturamento, a margem de lucro, a folha de pagamento e as obrigações fiscais.
Um contador competente poderá indicar o melhor regime, além de alertar sobre as possíveis consequências de uma escolha errada, como a geração de custos desnecessários ou o risco de problemas com o fisco.
8. Não se esqueça da tributação indireta
Embora a tributação direta (como o IRPJ e a CSLL) seja a mais discutida, é importante também considerar a tributação indireta, como o ICMS, o IPI e o ISS, que variam de acordo com a atividade e o regime tributário escolhido.
Cada regime tem diferentes regras para a apuração desses impostos, o que pode impactar diretamente no custo da operação.
Fique atento às alíquotas e à forma de apuração dos impostos indiretos. Isso pode fazer uma grande diferença no seu planejamento tributário.
9. Mantenha-se atualizado sobre mudanças nas legislações
A legislação tributária no Brasil muda constantemente, e as regras para cada regime podem ser alteradas de um ano para o outro. Portanto, é importante que você, junto com seu contador, se mantenha sempre atualizado sobre as modificações fiscais.
Isso garante que sua empresa aproveite as melhores condições tributárias possíveis, sem correr o risco de estar em desacordo com a legislação.
Como você viu, escolher o regime tributário adequado é uma decisão fundamental para o sucesso do seu negócio. Avaliar o faturamento, o tipo de atividade, a margem de lucro e as obrigações fiscais de sua empresa são passos essenciais nesse processo. E lembre-se: contar com o auxílio de um contador experiente é crucial para evitar erros e custos desnecessários! E, claro, fazer uso de um bom sistema contábil também pode ajudar. Sendo assim, entre em contato com a Scala e invista em uma gestão de primeira para as finanças da sua empresa!